Metrópoles atribui falsamente áudio a irmão de Weintraub
Gravação, na verdade, é de Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde
Paulo Moura - 17/06/2021 10h17 | atualizado em 17/06/2021 10h47

O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, afirmou que ele é o autor do áudio da conversa com o virologista Paolo Zanotto sobre o financiamento a estudos sem a necessidade de editais. O conteúdo havia sido falsamente atribuído, pelo site Metrópoles, ao assessor especial da Presidência, Arthur Weintraub.
– Soube ontem que um áudio meu foi utilizado de forma completamente descontextualizada para criar uma fake news, uma falsa narrativa contra o governo, e esse áudio foi falsamente atribuído ao senhor Arthur Weintraub – disse Angotti Neto durante o programa Opinião no Ar, da RedeTV!.
Os áudios foram publicados pelo Metrópoles na segunda-feira (14), quando o site disse ter confirmado com uma fonte o nome dos participantes do grupo de mensagens e ter pedido uma análise ao perito criminalista Nelson Massini sobre a gravação.
Na quarta-feira (16), Weintraub ironizou a publicação do Metrópoles ao dizer que “a verdade acaba aparecendo”.
A verdade acaba aparecendo. Antag8nista, cartacapital e metropolis (pediu até “renomado perito criminalista”, professor de medicina legal da uerj eufrj, que atestou ser minha voz!).
Hélio Angotti Neto é secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do MS. pic.twitter.com/MUn0c9FtgG— Arthur Weintraub (@ArthurWeint) June 16, 2021
Nos áudios publicados pelo site, Zanotto fala sobre a eficácia das vacinas contra a Covid-19 e defende o uso da hidroxicloroquina e o tratamento precoce. Ele também ironizou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o estudo da CoronaVac, que ele chama de “Chin Doria”.
De acordo com Angotti Neto, o contato foi um convite que fez “parte da missão institucional” da Secretaria do Ministério da Saúde. Ele lamentou que o áudio tenha sido “distorcido e descontextualizado” na tentativa de “criar uma narrativa falsa, uma fake news, sobre um suposto ministério paralelo”.
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